Após a mudança de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prorrogou na última segunda-feira (2) a isenção de impostos federais sobre os preços da gasolina até o último dia de fevereiro.
A Medida Provisória n° 1157, de 2023, também estende a isenção de impostos sobre o óleo diesel, biodiesel e do gás de cozinha até o dia 31 de dezembro deste ano.
Apesar disso, em alguns locais, como no Distrito Federal por exemplo, os consumidores perceberam a variação elevada nos preços da gasolina, onde o valor máximo chega a R$ 6,30.
O empresário Elizandro Martins, de 34 anos, afirma que não estranhou a alta no valor da gasolina, pois não sabia da continuidade da isenção dos impostos.
“Quando teve o aumento do primeiro dia achei normal, porque o ministro tinha solicitado que não fosse feito o aumento da isenção e até então não sabia que tinha sido prorrogado. Depois que eu fiquei sabendo da prorrogação feita pelo presidente Lula e aí vi que realmente os postos agiram meio que de má fé.”
Para o economista Carlos Eduardo de Freitas, a isenção dos impostos sobre os preços da gasolina foi uma medida correta do governo passado para responder ao choque externo. Segundo ele, caso seja confirmada a estabilidade ou recuo do preço internacional faz sentido uma retirada da isenção, porém de forma gradual.
“Então é de fato na medida em que se confirme essa estabilização ou até recuo do preço internacional do petróleo, paulatinamente faz sentido tirar essa essa isenção, mas é uma coisa gradual ao longo do exercício fiscal, não é assim abrupta.”
De acordo a Petrobrás, o preço médio da gasolina no Brasil é de R$ 4,96. No Amazonas, o preço médio chega R$ 4,60; no Distrito Federal, o valor é de R$ 5,32; no Rio de Janeiro, o preço é R$ 5,04; no Rio Grande do Sul, chega a R$ 4,83 e no Rio Grande do Norte, R$ 5,27.
Por: Sophia Stein – Agência 61